Foi um balde de água fria para o desenvolvimento da cidade o anúncio da Gol Linhas Aéreas de suspender os voos de Santa Maria a São Paulo, divulgado, no sábado, pelo colunista Deni Zolin. Inaugurada em 1º de novembro com muita festa e entusiasmo, a rota da principal cidade do centro do Rio Grande do Sul ao Estado mais rico do país era, sem dúvida, um fator fundamental para o desenvolvimento do município e da região num cenário em que, cada vez mais, é preciso reduzir distâncias e tempo. Sem falar nas estradas que não apresentam boas condições de tráfego.
A decisão da Gol de romper o contrato com a VoePass (antiga Passaredo Linhas Aéreas) teria como consequência a suspensão dos voos entre Santa Maria e São Paulo, já que a companhia opera os aviões turbohélices ATR-70, de 68 lugares, justamente o tipo de aeronave utilizado na linha de São Paulo a Santa Maria. Curiosamente, a decisão ocorre depois de a Gol anunciar, em 13 de março, que a linha passaria a operar cinco dias por semana.
Mais do que nunca, as lideranças da cidade de diferentes setores e partidos precisam se articular para a retomada da rota e logo. Especialmente cobrar o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa, que concedeu e aprovou, respectivamente, incentivos à Gol Linhas Áreas para disponibilizar rotas no interior do Estado. Mesmo que temporária, a suspensão dos voos é um retrocesso, ainda mais que não há garantia da retomada da linha. Somente possibilidade.